15 de agosto de 2007

E assim nasce a bolsa

Escolher a bolsa perfeita é dificil, encontra-la é mais difícil ainda. Quando a encontra descobre que o seu valor é muito superior ao que se pode pagar. Oh vida! Oh céus! Oh bolsa!

Pensando em todo o sofrimento causado por essas pequenas necessidades femininas eu resolvi dar um basta nessa situação e decidi criar as minhas próprias bolsas. Como não tinha o menor conhecimento sobre corte e costura, modelagem, montagem e tudo mais, resolvi fazer um curso de design de bolsas na FASM. Após muito tempo de estudo, de cortes, de erros e acertos, eis que nasce a minha primeira bolsa - Baby Baby. Ela é bem simples, modelagem básica da básica, porém muito charmosa. Com uma estampa de bandana, lacinho para regular o tamanho da alça (tática), babadinhos para dar o toque, bolsinho p celular e o melhor de tudo: porta chaves.




Apesar da simplicidade, a bolsa fez o maior sucesso. Fiz 4 de cada cor e não sobrou nem uma. NEM UMA PARA MIM.

Hoje tenho a Baby na lembrança e no coração, pois ela foi o marco de uma mudança tão drástica na minha vida. Ela definiu o que eu realmente queria da vida e gostaria de seguir como profissão. Foi ela quem disse: Miriam, você é capaz.


Esse modelo está disponível apenas sob encomenda e por um preço bem bacana. Gostou? Leva para casa!! Mande um e-mail para receber maiores informações.


Post escrito e bolsa criada por Miriam Dias *

Bolsas Impossíveis parte III

Outra história de bolsa impossível aconteceu em Salvador, num salão de beleza. Uma das clientes fazia luzes na cadeira ao lado da minha e num relance eu vi a bolsa de Iemanjá mais linda que já ouve. Lembro me bem: era da Vide Bula e a dona era também dona da loja que revendia a marca na cidade. E, para minha infelicidade, aquela bolsa da Rainha do Mar se esgotou não só em Salvador, como em São Paulo, Porto Alegre, Recife… Vendo a minha cara de tristeza, ela ainda se ofereceu para me emprestar quando eu quisesse. Pena que ela morava na capital da Bahia e eu em São Paulo!

Bolsas Impossíveis parte II

A minha outra loucura por bolsa se chama “Flame Bag”. A primeira vez que eu li uma revista estrangeira estava no terceiro ano da faculdade. Ganhei duas “Cosmopolitan”, uma inglesa e outra americana. Guardo a inglesa até hoje porque nela tinha a foto de uma bolsa social com uma estampa como se estivesse pegando fogo, com flamas. Fiquei tão louca que escrevi para a loja em Londres, que obviamente não me respondeu. A minha esperança/paixão/obsessão por esta bolsa era tão grande que anos depois quando eu fui a Londres, fiz questão de entrar na loja, só por desencargo de consciência. Naturalmente que não tinha. E nem por isso desisti: no ano passado, achei uma bolsa de modelo semelhante sendo vendida por 15 reais no shopping. Comprei, claro, guardei para achar alguém que pintasse o desenho para mim. Minha amiga Joanna pintou e ficou bem melhor do que eu jamais sonhei. E finalmente eu tenho a minha “Flame Bag”! Diferente da original, mas com o mesmo propósito, mais bonita e com uma história muito mais legal!

10 de agosto de 2007

Bolsas Impossíveis parte I

Esta investigação pessoal sobre a minha história com as bolsas me fez lembrar episódios engraçados como a minha obsessão por determinadas bolsas. A primeira delas é uma bolsa com um tecido que imita jornal. Eu vi pela primeira vez um exemplar semelhante nos ombros da primeira mulher que me deu aula de jornalismo na Cásper Líbero, a Renata Lo Prete. Talvez algum psicólogo ou analista possa dizer que a bolsa de jornal é como o meu GRAAL, a minha busca para que eu seja uma jornalista e mulher completa tal como a minha primeira referência feminina no jornalismo. Todo mundo sabe tanto desta minha busca pela tal bolsa de jornal que a minha mãe viu na Cosmopolitan francesa a sacola de compras da Dior imitava jornal e me mandou a revista diretamente da Suíça para eu me inspirar. Parece que era destino: quando eu fui para Suíça, uma amiga dela viu a tal sacola de compras na mão de uma pessoa e fez que fez para trocar por outra qualquer. Resumo da história: sim, eu tenho uma bolsa de jornal! Uma sacola de jornal. Quer dizer, uma sacola de compras que imita jornal! Esta bolsa história da bolsa de jornal é tão incrível que a nutricionista me deu a dela de presente, tamanha a minha loucura. E não foi uma ou duas que eu parei gente na rua para perguntar onde se tinha comprado aquela bolsa de jornal. Teve uma que eu deixei o meu cartão implorando: “Se um dia você quiser desistir dela, jogar fora ou precisar de dinheiro e quiser vender, por favor, me ligue.”

Por Ivy Farias

A Primeira Vez....

Tudo sobre a minha bolsa

Há três dias que venho pensando na primeira linha deste texto. Não, não é delírio de quase escritora frustrada, tentando achar as melhores palavras para prender a atenção do leitor: há três dias que venho refletindo sobre a minha primeira bolsa e até agora não consegui me lembrar do modelo exato dela.

Dizem que o primeiro sutiã a gente nunca esquece. Nunca esquece mesmo. Deveria ser assim com a primeira bolsa, mas droga, não é! E eu, que sou totalmente devota à esta maravilha do mundo feminino, estou decepcionada comigo mesma por não lembrar como começou da minha primeira companheira querida.

Consigo me lembrar apenas que era uma manhã chuvosa e não fazia muito frio. Eu estava indo para escola com a minha mãe, que me ensinou como carregar uma bolsa. Se você está pensando que é só pôr no ombro, ledo engano: de acordo com mamis, a bolsa tem que ficar com o fim do zíper, quando têm, virado para frente, assim nenhum ladrão consegue abri-la no ônibus pelas suas costas. Lembro que a minha primeira bolsa tinha zíper, mas o mesmo ficaria virado para trás. “Esta bolsa já não serve para quem anda em São Paulo e de ônibus como é o seu caso. A menos que você use do lado esquerdo!” Foi assim que começou a minha mania de carregar a bolsa do lado esquerdo! Nossa, como só me dei conta disso agora?

E à medida que esta página vai sendo preenchida com este monte de letrinhas, mais cresce a minha angústia de recordar todos estes detalhes menos a dita cuja! E este túnel do tempo me fez pensar: como e por quê eu passei a usar bolsas? Como eu fazia até então.

Só sei que na minha era pré-bolsas, eu usava as minhas adoradas e hoje totalmente abandonadas mochilas. Era incrível como nelas cabia absolutamente tudo, todos os livros, todos os cadernos, o estojo, o lanche e ainda por cima a blusa de frio. Eu me lembro que a manhã chuvosa da minha primeira bolsa foi no colegial, logo eu deveria ter entre 15 e 17 anos. Mas por que usar bolsa? O que me fez desistir das tão práticas mochilas para me aventurar com as bolsas?

Não sei. Provavelmente devo ter ganhado uma bolsa ou a minha tia deve ter insistido para eu usar uma! Mas não consigo me recordar de mais nada, mas consigo ter certeza de que a partir daquele dia, nunca mais retornei para as mochilas, a menos quando eu tinha que viajar. Mas mesmo assim, eu sempre levava as bolsas.

Sempre fui e até hoje sou estudante. Logo, uma mochila sempre é mais prática. E mesmo assim eu prefiro espremer tudo ou levar os livros nos braços, me atrapalhando toda para pegar ônibus, caindo aqui e ali, a simplesmente meter as minhas tranqueiras diárias numa mochila. E sabe o que é o mais engraçado? Mesmo quando eu sou obrigada a usar uma mochila, como no caso da ginástica, eu levo uma bolsa a tiracolo.
Um giro na sala de aula me fez ver que eu não era a única: todas as moças da sala traziam seu material escolar numa pasta ou numa mochila, mas a bolsa estava sempre ao lado.

Esta história toda de bolsas começou com uma amiga minha, a Miriam Dias, que faz bolsas. Ela me contou que sempre amou bolsas e hoje tem mais de 50(!) em casa. Sai perguntando para as minhas amigas quem não gosta de bolsa ou quantas bolsas em média cada uma tem. O minimo são cinco. Grandes, pequenas, baratas, caras, para usar de dia ou de noite. Não interessa, todo mundo tem pelo menos cinco modelos diferentes no armário.

Esta é uma outra dúvida minha: qual o lugar para guardar bolsas? Num armário como eu guardo? Ou num cabideiro próprio? Este “acessório”, se é que podemos chamar a bolsa de acessório porque na maioria das vezes ela é tudo, não tem lugar definido como as jóias, que tem os porta jóias. Ou a gaveta de calcinhas e a de sutiãs. A gente cuida bem delas, claro, mas muitas vezes joga do lado ou enche de tanta tralha que fica pesada e é um alívio se livrar dela no fim do dia.

E será que tem gente que consegue viver sem bolsa? Sair de casa sem bolsa? Viajar e não levar pelo menos duas? Quando eu mochilei pelos Estados Unidos e Europa eu levei duas: uma grandona tipo maleta de ginástica e uma pequena que cabia dentro da grande. Tudo bem, não estava com o meu estoque completo para cada ocasião que aparecesse, mas estava bem.

E tudo isso me fez chegar à seguinte conclusão: nós devemos valorizar mais as bolsas porque elas são como o sutiã: uma peça que só nós mulheres podemos usar e que é feita única e exclusivamente para gente. Você pode até estar se perguntando do vestido, da calcinha, da saia, mas é diferente: diferente porque desde crianças nós usamos calcinhas, saias e vestidos (já viu alguma mãe que dispensasse brincar com uma boneca de verdade como a gente era?). Mas o sutiã e a bolsa a gente só usa quando cresce e a necessidade aparece. A do sutiã é meio óbvia, mas a partir de quando a gente sente a necessidade de usar bolsa?

E olhando na rua eu vi que toda mulher usa bolsa. TODA. As ricas, as pobres, as nem tão ricas e as nem tão pobres. E tem tanta necessidade que bolsa se vende até no camelô. Tem até camelô só para vender bolsas! Tem loja especializada só em bolsas! Tem uma perto da minha casa que se chama TPM: “Tudo para Mulher”. E o detalhe que a loja só vende bolsas. A conclusão que se chega que a bolsa é o nosso tudo, com ela não precisamos de mais nada.
Por Ivy Farias - Jornalista Chic D+ para ser verdade!